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Tiros e granadas: os estilhaços de um plano que salvou a democracia

De forma sucinta

27/10/2022 às 08h23
Por: Redação Fonte: Folha da PB
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Folha da PB
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De forma sucinta, eis o que penso sobre o caso ‘Bob Jefferson’, o ataque do ex-deputado Roberto Jefferson a agentes da Polícia Federal que foram prendê-lo, no último domingo,23:

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Há um acordo entre Bolsonaro e Jefferson, seu aliado de primeira hora, e todos os atos do presidente sobre o caso estão rigorosamente dentro do script.

Primeiro passo: Roberto Jefferson ataca os agentes após gravar um vídeo em que diz não suportar mais tanta humilhação.

Segundo passo: após a resistência, Bob, o bandido bolsonarista, exige a presença do ministro da Justiça como condição para se entregar.
Terceiro passo: Bolsonaro envia o ministro, porém aparentemente invertendo o polo de ação. O ministro vai para prender Jefferson, o bandido bolsonarista, a quem Bolsonaro chama de ‘bandido’.

Resumo: Bolsonaro figura como o herói, o defensor da lei e da moral, que não admite ataque aos agentes da lei. Num só ato, fala para o seu rebanho e para fora dele. Mantém acesa a militância e ganha pontos eleitorais dos indecisos. Tudo isso, segundo o script.
Mas, Bob Jefferson, o bandido bolsonarista, sai do episódio como bandido mesmo? Permanece enjaulado? Não. Há ainda um quarto passo. Vamos a ele.

Quarto passo: após a eleição Bolsonaro concede o perdão a Bob, o bandido bolsonarista, que deixa de ser bandido e passa a ser um herói da resistência do bolsonarismo.

Mas resta uma dúvida.

Com a derrota de Bolsonaro no próximo domingo, o quarto passo será cumprido?

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