Gustavo reputou como um momento histórico para país, sobretudo pelo fato de que as novas regras fiscais irão trazer elementos de justiça social, a exemplo dos impostos que serão zerados para os produtos que compõem a cesta básica, bem como a importante diminuição da carga tributária para os setores produtivos, favorecendo o aumento da oferta de emprego.
Na condição de primo do relator da reforma, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Gustavo disse sentir-se bastante orgulhoso “como primo e como cidadão” e imaginava o quanto não estaria o seu tio, Enivaldo Ribeiro, pai de Aguinaldo.
Gustavo teceu algumas observações a respeito do desempenho de Aguinaldo como relator da matéria e da sua capacidade de articulação política, característica de que teve de lançar mão para obter a aprovação no plenário.
“O esforço de Aguinaldo foi coroado com uma ação de persuasão da necessidade de fazer com que ela (a reforma) fosse votada”, observou.
Tal esforço, no entender de Gustavo, deu-se em razão do descaso com que o governo Bolsonaro tratou a matéria, que já tramitava na Câmara. Ele citou inclusive uma ação mentirosa do PL (partido de Bolsonaro) que afirmava que os produtos da cesta básica iriam encarecer após a reforma, e ainda uma reunião do ex-presidente com deputados do seu partido, orientando-os contra o texto, no dia da votação.
Ele também se referiu à importância do compromisso e da vontade política que movem ações como essa, citando como exemplo a construção do Complexo Aluízio Campos, em Campina Grande, um dos maiores conjuntos habitacionais do país.
“Como foi que surgiu esse conjunto? Ora, surgiu de um governo municipal do PSDB que enviou um projeto para um governo do PT, que tinha a presidenta Dilma Roussef, e o então ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que encampou o projeto e construiu. Ou seja, um convênio entre dois adversários”, asseverou
Gustavo citou também a construção da Alça Leste, que teve início em circunstâncias semelhantes.
“É importante que a gente diga isso para as pessoas entenderem o que é a política grande”, observou.
Gustavo Ribeiro encerrou sua participação no Zera Pauta referindo-se à trajetória de Aguinaldo Ribeiro como parlamentar, e o orgulho que habita o espírito de Enivaldo, patriarca da família Ribeiro.
Mais uma vez referindo-se a Enivaldo, disse:
- Para o meu tio, talvez já fosse o máximo Aguinaldo ter chegado a ser ministro de Estado. Qual o pai que não se orgulharia? Mas eu me atrevo a dizer que ter sido o relator da Reforma Tributária – a mais importante que o país viu nas últimas décadas -, talvez tenha sido pra Aguinaldo, muito mais forte do que ter sido ministro.
“A partir do instante em que você liga a televisão e tá lá em todos os canais aquele filho preparado, falando sobre um assunto de que tem profundo conhecimento e que muda a vida das pessoas pra melhor, como é que você acha que um pai se sente?”, arrematou.
Por Emanuel Rocha/Editor do FolhadaPB