A grande mídia - ou mídia corporativa, como queiram -, continua a exercer o seu histórico papel: ganhar muito dinheiro, seja de que governo for, e não mover uma palha para defender a democracia, quando esta se vê atacada por fascistas de plantão.
É notória a indisposição desses grupos empresariais da comunicação por produzirem conteúdo específico de formação de opinião que fortaleça os alicerces democráticos em momentos críticos, como o foram os anos sob Jair Bolsonaro.
Não combatem, com o necessário vigor, as ‘fake news’ nem os discursos de ódio.
Para um governo progressista como o de Lula, isso deveria ser um problema. As parcerias deveriam contar com cláusulas contratuais que exigissem uma posição mais firme dessas gigantescas empresas diante das ferramentas corrosivas do ambiente democrático, alguns já citados neste texto.
Mas o governo não está nem aí pra isso, porque já há quem defenda intransigentemente a democracia, por muito pouco ou ‘nadica de nada’ de suas verbas publicitárias. Somos nós, das mídias independentes ou alternativas.
Ouso afirmar por todos entre nós que não se pretende um único centavo, de onde quer que pudesse vir, para cumprirmos esse nosso papel histórico, que se fortalece ainda mais ante períodos de pretensa ascensão do fascismo.
Por isso, causa uma certa indigestão saber que os gigantes da comunicação não se veem minimamente solicitados a cumprir o mesmo papel, enquanto estufam seus bolsos com dinheiro público.
Deixe-se claro, mais uma vez, que aqui não se pede defesa incondicional de governo, mas da democracia. Para nós, nem o governo Lula merece defesa incondicional. Ele tem seus pontos críticos e estes devem ser questionados, inclusive o que é assunto deste texto.
‘Plim,plim’...
Por Basílio Carneiro
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