É possível haver sucursais, mas a nova matriz do gabinete do ódio situa-se no seguinte endereço: Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 55 – 6⁰ andar, São Paulo-SP.
Isso mesmo. De lá da redação do jornal O Estado de São Paulo, que está entre os três maiores do jornalismo brasileiro, foi produzida uma das mais bizarras e criminosas mentiras dos últimos tempos. A associação do nome do ministro da Justiça ao crime organizado, pelo simples fato de uma pessoa que tem pendências judiciais ter participado de uma reunião no ministério (sem Flávio Dino), na condição de representante de uma entidade que defende direitos de presos, é uma demonstração de que o jornalismo d’O Estadão está pior. Não pela virulência, mas pela incompetência de não saber mais produzir mentiras digeríveis.
A fake rapidamente ganhou as redes bolsonaristas, entre as quais as de representantes do povo brasileiro no Congresso, o que de saída impõe a suspeita de ação orquestrada, com o Estadão nas batutas.
Aliás, o Estadão não forneceu apenas endereço, mas material humano também. A denúncia contra a editora Andreza Matais pela prática de assédio moral feita por ninguém menos que um grupo de jornalistas seus subordinados, pinta de escandalosa a postura do jornal. Entre os delitos praticados casos por Matais está, de acordo com a denúncia, o de tentar forçar os colegas a produzirem conteúdos sabiamente falsos sobre desafetos. Está aí mais um indício de ação sistemática a envolver uma (ou mais de uma) empresa jornalística e setores da extrema-direita política.
A estrutura do gabinete do ódio agora é profissional. Enquanto avança com sua ofensiva, os portais de notícia independentes e progressistas reforçam seu papel de defensores da verdade, da democracia e por que não dizer, do próprio governo.
Curioso é observar, no entanto, que o exército bolsonarista de propagadores de fake news estão portais de notícia que hoje mantém contratos de parceria publicitária com o governo a quem atacam. Pior: alguns portais noticiosos que defendem a democracia e o próprio governo não gozam do direito dessa parceria.
É preciso desbolsonarizar o governo em sua política de comunicação. Eles avançam e o governo recua no tratamento com a mídia independente.
Tudo pode piorar.
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