Os que estão alcançados por essa patologia não resistem a um debate de cinco minutos sobre a verdadeira motivação do seu posicionamento. Eles costumam se auto-afirmar “apolíticos”. Integram a turma que apóia o pacto firmado entre setores da mídia, do parlamento e do judiciário, para demonizar qualquer manifestação política em favor de Lula. O pessoal que faz o discurso da “torcida do contra”.
Para eles “tudo é culpa do PT, ou seja, de Lula”. Buscam a fuga da realidade como estratégia política. Com esse pensamento ressuscitam velhas ideias, inclusive advogando a volta da ditadura militar. O conservadorismo costuma ignorar fatos. Assim constroem as verdades que lhes convêm.
A grande mídia cumpre o seu papel de construir e destruir mitos, protegendo assim os poderes dos que circunstancialmente dominam o quadro político. O conservadorismo moralizador alimentando o discurso do retrocesso. E o pior, hasteando a bandeira da inovação. A promessa de limpeza da classe política enganando o povo.
A fantasia do “novo” anestesiando a sociedade. Nem se fazem necessários ideias e projetos para o país, basta ser contra Lula. Um sentimento odioso e doentio, estimulado pela ira e a ignorância. Os “encantados”, integrantes de uma elite deslumbrada, querem manter seus privilégios, a qualquer custo. Abominam a ideia da “inclusão social”. Classificam tudo o que venha em favor dos pobres como sendo “coisa de comunista”.
Tenho amigos fraternos e parentes próximos nesse grupo do antilulismo, mas não há como desconhecer o fenômeno popular “Lula”, e eu, no exercício da liberdade que a democracia me confere, ainda que queiram proibi-la, proclamo minha grande admiração por esse que entendo ser o maior líder popular do mundo contemporâneo.
Rui Leitão