O importante é criar condições que possam culpar o governo de gastos excessivos comprometendo o novo arcabouço fiscal programado. Estão para ser votados, além da PEC que aumenta em 5% a remuneração dos juízes, promotores e procuradores a cada cinco anos., o veto às emendas de comissão e a nova proposta de retomada progressiva da tributação para o setor de eventos, com o fim gradual do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
Se tudo isso passar no parlamento causará um impacto fiscal em torno de 80 bilhões de reais, contando com a possibilidade de desoneração da folha de pagamento de 17 setores e municípios, que pode aumentar em 22,8 bilhões as despesas nas contas do governo.
A bancada de oposição opera em sentido oposto ao que o governo pretende para alcançar o déficit zero projetado para o próximo ano, causando, assim, uma repercussão negativa perante a opinião pública num ano eleitoral. O aumento da carga tributária, provocada pela crise entre o legislativo e o executivo, resulta da disposição de setores do Congresso em exercer pressão junto ao governo por mais espaços na Esplanada dos Ministérios, o que está desencadeando uma crise política e econômica de graves proporções.
A turma do “quanto pior melhor” não leva em consideração as consequências que poderão advir para a população. Esse pessoal tem dificuldade de conviver com um governo mudancista e comprometido com as causas populares. Já começam a atacar e lacrar nas redes sociais de forma leviana e insensata, pensando exclusivamente nos ganhos político-eleitorais. São os mesmos de sempre, utilizando dos argumentos mais torpes possíveis. Os inconformados com o resultado da última eleição presidencial. Profetas do caos. Vivem no mundo da realidade paralela. Arrastados por questões ideológicas e partidárias investem no “quero ver o circo pegar fogo”. A elite antidemocrática não consegue se acostumar com um governo que se volta para beneficiar os mais pobres
RUI LEITÃO