Nesta segunda-feira (3), no Fórum de São Carlos (SP), começou o julgamento de Luciano Barboza Sampaio em júri popular. O médico é acusado pela morte de Noah Alexandre Palermo, de 5 anos, em 2014, quando o cirurgião pediátrico, que estava de plantão, saiu da cidade para assistir a um jogo da seleção brasileira, às vésperas da Copa do Mundo.
O julgamento, que começou às 9h, deveria ter ocorrido em 30 de abril, mas foi adiado devido à doença do advogado do réu. Sampaio é acusado de homicídio qualificado por ter se ausentado após realizar uma cirurgia de apêndice em Noah, na Santa Casa de São Carlos, deixando de prestar atendimento quando o garoto teve complicações no dia seguinte.
Segundo o inquérito policial, a atitude de Sampaio, ao assumir o risco de viajar durante o plantão, resultou na morte da criança. A defesa da família apresentou provas de que o médico estava assistindo ao jogo em São Paulo, incluindo uma foto anexada ao processo.
O júri é composto por quatro homens e três mulheres. Nesta segunda-feira, serão ouvidas oito testemunhas, sendo cinco de defesa e três de acusação. A primeira testemunha foi o perito do caso. O advogado de defesa, Eduardo Burihan, afirmou que o Conselho de Medicina não estabelece uma distância específica para o plantão remoto e argumentou que a Santa Casa não disponibilizou um plantonista substituto.