A ex-esposa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Jullyene Lins, relembrou o episódio em que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi acusada de ter realizado um aborto.
Em 2019, a militante Sara Winter disse em um vídeo que a parlamentar fez um aborto intencional no dia 31 de dezembro de 2012. Na ocasião, a bolsonarista estaria na 12ª semana de gestação.
Zambelli, que nega o episódio, é uma das parlamentares que assinaram o Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto realizado após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio.
“Essa senhora revela uma postura oportunista e cada vez mais questionável! Contudo, o que está em jogo para o Brasil agora é a alegada divulgação de um vídeo relacionado a um aborto, o que lança dúvidas sobre a conduta moral e a coerência da referida senhora em suas posições públicas, principalmente nas questões relacionadas ao PL DOS ESTUPRADORES!”, escreveu Jullyene Lins no X (antigo Twitter).
🚨DURMAM COM ESSA 💣 Diante da extensa lista de alegações e possíveis crimes atribuídos a Carla Zambelli, torna-se evidente a seriedade das acusações e revelações que surgiram recentemente nas redes sobre um suposto ABORTO‼ï¸Â
— Jullyene Lins (@LinsJullyene) June 16, 2024
É inesquecível o momento em que ela se posicionou em… pic.twitter.com/geEIh6c7zc
A proposta, que pode fazer a pena para mulheres vítimas de abuso sexual que realizarem um aborto superar a do próprio estuprador, é de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Além de Zambelli e Sóstenes Cavalcante, outros 30 parlamentares assinaram o projeto.
O projeto, que teve urgência aprovada na última quarta-feira (12), altera o Código Penal e equipara as penas para abortos realizados após 22 semanas de gestação às penas previstas para homicídio simples. Além disso, a proposta determina que, mesmo em casos de estupro, o aborto não será permitido.
Atualmente, o procedimento é autorizado no Brasil em três casos: gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto.