Elas têm o propósito de deturpar uma informação verdadeira, de forma a alcançar resultados planejados, sem qualquer escrúpulo, atingindo a honra de alvos públicos e fragilizando muitos valores da nossa sociedade, especialmente os princípios básicos do Estado Democrático de Direito.
Essa prática, tão adotada por extremistas ideológicos, possui um alarmante poder destrutivo. O mais assustador é ver um jornalismo por encomenda se propondo a executar essa tarefa, perdendo a sua condição de isenção e objetividade. O golpismo travestido de matéria jornalística, tem se mostrado um exemplo explícito dessa ação criminosa, colocando como novidades bombásticas fatos que contrariam a realidade. Seus editores ignoram a principal regra para o exercício do bom jornalismo, qual seja o compromisso com a verdade. O conteúdo das reportagens sensacionalistas é pautado por orientações ideológicas dos que dirigem esses veículos de comunicação.
A farsa noticiosa procurando ganhar conteúdo de denúncia, completamente desligada de princípios éticos. O problema é que isso tem se tornado comum nas redações dos jornais comprometidos com o golpismo. Profissionais que, por encomenda, passam a produzir matérias favoráveis a interesses de políticos ou de agentes econômicos. A informação controlada por poderosos impérios comunicacionais na intenção de publicar meias verdades e insinuações.
Ainda bem que a mentira tem pernas curtas. Por isso, muitas das vezes, a “fake news” perde credibilidade em pouco tempo. Foi o que vimos recentemente no suposto escândalo em que procuraram envolver o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A montanha pariu um rato. O intuito de gerar tumulto e desacreditar o judiciário, não prevaleceu por muito tempo, pela falta de consistência nas acusações apontadas pela reportagem. Na verdade, o intento era claramente outro, promover condições de anistiar os que vivem a disseminar mentiras na articulação de um golpe de estado. Os que permanecem idealizando a ditadura não perdoam o ministro Alexandre de Moraes no seu empenho competente e corajoso de proteger as instituições democráticas. Essa tática antidemocrática é bem conhecida. Novamente não conseguiram tornar realidade seus desejos de matar a nossa democrac ia. Ela continuará resistindo.
Rui Leitão