Créditos: Divulgação/PF
Por Antonio Mello
A Polícia Federal apreendeu nesta sexta, dia 28, R$ 500 mil em notas de R$ 100 com Francisco Eduardo Albuquerque. Ele é casado com Pauline Pereira, ex-prefeita de Campo Alegre (AL) por duas vezes e novamente candidata este ano. Pauline é prima do presidente da Câmara Arthur Lira.
A operação foi desencadeada após a Polícia Federal receber denúncia de que uma pessoa iria sacar uma grande importância em dinheiro para ser utilizado na compra de apoio eleitoral para o pleito que será realizado no dia 6 de outubro, disse a PF em nota.
A origem e o destino dos valores estão sendo investigados em um inquérito, que vai avaliar "possíveis crimes relacionados, como compra de votos, falsidade ideológica eleitoral, lavagem de dinheiro e outros."
Pauline é irmã da ex-secretária de Educação de Maceió, Jó Pereira, e do ex-superintendente da Codevasf em Alagoas, Joãozinho Pereira —ambos indicados por Lira aos cargos.
Já foi prefeita de Campo Alegre em dois mandatos consecutivos, de 2013 e 2020. [UOL]
No sábado passado, dia 21, o presidente da Câmara Arthur Lira esteve em Campo Alegre em campanha pela eleição da prima [foto acima].
“O que estamos vendo aqui é uma prova clara de que a população de Luziápolis e toda Campo Alegre querem seguir adiante, com gestão séria, transparente, responsável e, sobretudo, que traz resultados para a população. Pauline já foi prefeita duas vezes e fez duas administrações excepcionais. O prefeito Nícolas Pereira, outro grande gestor, deu sequência com muita competência a este trabalho e hoje o povo sabe que Pauline representa o melhor para Campo Alegre. Por ainda mais avanços e por ainda mais conquistas Campo Alegre já escolheu e quer Pauline prefeita”, destacou Lira na ocasião. [Tribuna do Norte]
Caso comprovada a utilização para compra de votos, a prima de Lira terá sua candidatura cassada e a aplicação de multa.
O Código Eleitoral, no artigo 229, considera crime e prevê pena de reclusão de até quatro anos e pagamento de multa: "dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita."