A 10 dias da decisão em segundo turno das eleições de 2024 em Campina Grande, Jhony Bezerra, candidato oposicionista pela coligação Por Uma Campina Campeã, já inscreve seu nome na história política do município.
Um jovem chegado à cidade em princípios dos anos 2000, veio desenhando sua trajetória brilhante, diga-se de passagem, nos corredores dos hospitais da nossa terra, trajetória essa coroada por sua administração no Hospital de Clínicas durante a pandemia da covid-19.
Catapultado à esfera política das disputas eleitorais, Jhony chega ao segundo turno na corrida pela prefeitura da segunda maior cidade do estado, com todos os méritos de quem trava o bom debate, e com uma carta propositura digna de apreciação.
Porém, nesses dez dias que restam, os desafios para o jovem cearense apontam-se como insuperáveis, por razões que se demonstram com o desenrolar dos dias, estas com base em históricos eleitorais.
Muito dificilmente, na tradição política brasileira, um ocupante de cargo executivo candidato à reeleição não consegue êxito. Quando malogra é por razões graves, a exemplo de casos de corrupção, o que não afeta ao atual prefeito Bruno, que tem demonstrado exemplar austeridade no quesito.
Outro ponto decisivo é a diferença de votos do resultado do primeiro turno. Os 30 mil que dão vantagem ao atual prefeito configuram obstáculo intransponível, dado que ambos os contendores chegaram ao seu teto, não havendo, portanto possibilidades reais de subtração nem de cá pra lá, nem de lá pra cá.
Isso posto, é natural que uma diminuição da diferença possa haver, mas reversão é uma possibilidade incogitável, no estágio em que estamos, quando Bruno Cunha Lima tem realmente transformado a cidade em verdadeiro canteiro de obras, justificando o empréstimo de 52 milhões de dólares, feito em passado recente.
A cidade em obras impõe ao cidadão eleitor a necessidade da continuação da gestão do mandatário atual, para fins de ver concluídos os serviços. Esse é o efeito.
O adversário Bruno Cunha Lima afirmou a condição de notável gladiador eleitoral, quando em primeiro turno lutou sozinho contra cinco adversários, e a todos derrotou. Um desafio adicional para o candidato do PSB.
Mas o jovem Jhony cria desde já um impulso poderoso para seus passos futuros, o que lhe garante condições de disputa com chances reais de vitória por cadeiras parlamentares, nos pleitos que virão.
Só lhe resta pôr debaixo do braço e levar consigo a experiência que foi a disputa com o também jovem Bruno Cunha Lima, cuja habilidade para reverter cenários negativos de popularidade fará história, quando da confirmação da sua vitória no dia 27 próximo.