O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): ele e generais podem ser indiciados na próxima semana. Foto: reprodução
Nos últimos dias, a tensão tem aumentado entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a alta cúpula das Forças Armadas, em meio ao avanço do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de impedir a posse de Lula (PT) em 2023.
Nos bastidores, assessores de Bolsonaro e membros da liderança militar aguardam para a próxima semana o possível indiciamento de Bolsonaro e de alguns generais que atuaram durante seu governo, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
A expectativa é que, além de Bolsonaro, os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais da reserva, sejam indiciados. O possível indiciamento de Heleno gera especial preocupação entre a cúpula militar, devido à sua influência nas Forças e à sua idade, de 77 anos.
Bolsonaro já foi alvo de indiciamentos em outras investigações da PF, incluindo uma sobre a falsificação de comprovantes de vacinação contra Covid-19 e outra envolvendo a venda de joias que teria recebido em seu governo.
Inquérito do golpe: o indiciamento de um general que mais preocupa os militares
Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira: eles são investigados por tentativa de golpe. Foto: reprodução
Além disso, nesta semana, o Exército finalizou um Inquérito Policial Militar (IPM), no qual foram indiciados três dos quatro coronéis envolvidos na elaboração de uma carta em 2022, pressionando o comando militar a impedir a posse de Lula.
Entre os indiciados estão Anderson Lima de Moura, coronel da ativa, e os coronéis da reserva Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso. A investigação concluiu que os três promoveram indisciplina militar, crime com pena de dois a quatro anos de prisão, além de crítica indevida, passível de detenção de até seis meses.
O caso do quarto coronel, Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, permanece em aberto, já que ele obteve uma liminar que suspende alguns atos da sindicância que resultou no IPM. Agora, cabe à 2ª Procuradoria de Justiça Militar em Brasília analisar o processo para decidir sobre as possíveis denúncias contra os coronéis e, se necessário, solicitar diligências adicionais.