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Juiz Eduardo Appio detona Bolsonaro e Braga Netto: “Canalhas”

O magistrado substituiu o ex-juiz Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba

24/11/2024 às 05h58 Atualizada em 25/11/2024 às 05h06
Por: Redação Fonte: Revista Fórum
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Juiz Eduardo Appio detona Bolsonaro e Braga Netto: “Canalhas”

Créditos: Justiça Federal/Divulgação

Por Marcelo Hailer

Durante o lançamento de seu livro "Tudo por dinheiro: a ganância da Lava Jato" (Kotter Editorial), realizado na última quinta-feira (21), em Curitiba (PR), o juiz Eduardo Appio, que ocupou por quatro meses o posto que era de Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, classificou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e as 35 pessoas indiciadas pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado como "canalhas".

"Os indiciados especializaram-se em conspirar contra a nossa soberania, grupo no qual eu incluo a Lava Jato, que nasceu em Curitiba, esta bela cidade que, infelizmente, tem de conviver com a semente do fascismo, que floresceu e rendeu frutos. Temos de reavaliar o que foi feito e toda a perseguição", declarou Appio, segundo informações do site Revérbero.


Em seguida, o juiz criticou duramente os indiciados por tentativa de golpe de Estado. "Sempre serão canalhas e vendilhões naquilo que temos de mais sagrado, que é o nosso orgulho, nossa soberania e o nosso direito de sermos brasileiros. Para que esse viralatismo em um país da grandiosidade do Brasil, com os recursos e dinamismo que temos?", questionou Appio.


Bolsonaro é indiciado por tentativa de golpe de Estado
 
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal pela tentativa de golpe de Estado que encabeçou a partir dos últimos dias de 2022, após ser derrotado nas urnas pelo presidente Lula (PT) e ficar inconformado com sua saída do poder.


Vários outros ex-integrantes de seu governo, aproximadamente 35, também foram indiciados pela PF, e os crimes pelos quais são acusados são inúmeros, com destaque para abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa.

Com 884 páginas, o inquérito policial foi concluído no início da tarde desta quinta-feira (21) e agora será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), ainda hoje. Desde já, a Procuradoria Geral da República (PGR) é quem fica incumbida de denunciar ou não os indiciados, para que então os réus, em caso de aceitação da denúncia, sejam julgados pelo STF.

Entre os principais indiciados estão:
Jair Bolsonaro, ex-presidente;

Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa derrotada;

Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin);

Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL)

Foram ainda indiciados outros 32 nomes envolvidos na trama:
Ailton Gonçalves Moraes Barros

Alexandre Castilho Bitencourt da Silva

Almir Garnier Santos

Amauri Feres Saad

Anderson Gustavo Torres

Anderson Lima de Moura

Angelo Martins Denicoli

Bernardo Romão Correa Netto

Carlos Cesar Moretzsohn Rocha

Carlos Giovani Delevati Pasini

Cleverson Ney Magalhães

Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira

Fabrício Moreira de Bastos

Filipe Garcia Martins

Fernando Cerimedo

Giancarlo Gomes Rodrigues

Guilherme Marques de Almeida

Hélio Ferreira Lima

José Eduardo de Oliveira e Silva

Laercio Vergilio

Marcelo Bormevet

Marcelo Costa Câmara

Mario Fernandes

Mauro Cesar Barbosa Cid

Nilton Diniz Rodrigues

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Rafael Martins de Oliveira

Ronald Ferreira de Araujo Junior

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros

Tércio Arnaud Tomaz

Wladimir Matos Soares

No caso de condenação, por cada um dos seguintes crimes, os indiciados podem ser condenados a:

4 a 12 anos de prisão por Golpe de Estado

4 a 8 anos de prisão por Abolição violenta do Estado Democrático de Direito

3 a 8 anos de prisão por Integrar organização criminosa

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