O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve encaminhar nesta terça-feira (26) à Procuradoria-Geral da República (PGR) os indiciamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro, de seu ex-ministro Braga Netto e de outras 35 pessoas, acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
Os documentos foram entregues pela Polícia Federal (PF) ao relator do caso na última quinta-feira, e, como de costume nesses processos, o próximo passo é a remessa à PGR, que avaliará as provas para decidir se apresentará denúncias contra os investigados.
A expectativa é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, analise o caso até fevereiro de 2025, quando poderá apresentar possíveis denúncias. Caso sejam aceitas, os acusados se tornarão réus no processo.
Até agora, os indiciamentos permanecem sob sigilo, e cabe a Moraes decidir se o conteúdo será ou não tornado público. O magistrado tem se dedicado ao caso, que reúne mais de 800 páginas de documentos elaborados pela P, conforme informações do G1.
Na última terça-feira (19), a Operação Contragolpe, da PF, prendeu quatro militares e um agente da corporação acusados de elaborar um plano para manter Bolsonaro no poder, o qual incluía a execução de Lula, Alckmin e Moraes.
Bolsonaro, entretanto, admitiu indiretamente que o plano existia, embora não tenha sido executado. Na última segunda-feira (25), ele afirmou que não houve qualquer iniciativa para planejar os assassinatos dos políticos. “Na minha avaliação, nada foi iniciado. Não podemos agora querer punir o crime de opinião ou de pensamento”, declarou o ex-presidente.