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“Traidores da pátria”: Serrano critica membros do STF que se reuniram com Bolsonaro

Jurista Pedro Serrano. Foto: Paulo Pinto/Agência PT

29/11/2024 às 06h05 Atualizada em 29/11/2024 às 16h28
Por: Redação Fonte: DCM
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“Traidores da pátria”: Serrano critica membros do STF que se reuniram com Bolsonaro

O jurista Pedro Serrano afirmou nesta quinta-feira (28) que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que se reuniram com Jair Bolsonaro (PL), enquanto o ex-presidente tramava um golpe de Estado, “traem as vestes talares como militares golpistas traem a farda”.

“Vestes talares” são trajes que se originaram nos sacerdotes da Roma antiga e que são usados por magistrados, advogados, juízes e clérigos.


“Juristas do Reich traem as vestes talares como militares golpistas traem a farda, todos traidores da pátria”, escreveu o jurista no X (antigo Twitter). “Meu grande patrimônio é não ter vergonha de meu neto na herança moral que estou deixando, nunca coloquei minhas credenciais profissionais a serviço de golpe e assassinatos políticos. Tutu, lembre de seu avô por esse meu lado melhor!”

Segundo um relatório do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência sobre as visitas ao Palácio do Alvorada, Bolsonaro recebeu 12 visitas de três ministros do STF entre junho e dezembro de 2022.

Ex-presidente Jair Bolsonaro e os ministros André Mendonça (esq.) e Kássio Nunes Marques (dir.), do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução


No mesmo período, de acordo com a Polícia Federal (PF), as articulações golpistas teriam se intensificado. O relatório do GSI integra o inquérito da PF sobre a tentativa de golpe.

André Mendonça foi recebido pelo então presidente seis vezes; Kassio Nunes Marques, cinco; e Dias Toffoli, uma. Nenhuma das visitas consta na agenda dos ministros divulgada no site do tribunal à época.

Os três eram apontados como principais interlocutores de Bolsonaro no Supremo durante o seu governo.

 

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