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Grupo golpista discutiu instalação de 'campo de prisioneiros de guerra' e fez referência a Auschwitz

Diálogos revelados pela PF mostram planos de militares para repressão durante tentativa de golpe

29/11/2024 às 09h12
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto. 

247 - Em uma conversa do grupo de Whatsapp organizado pelo tenente-coronel Mauro Cid para tratar sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, militares discutiram a instalação de um campo de prisioneiros de guerra, informa O Globo. Os diálogos estão no relatório final apresentado pela Polícia Federal sobre inquérito do golpe, divulgado na última terça-feira (26).

No dia 19 de novembro de 2022, um major perguntou ao grupo sobre a instalação de um “CPG”, que segundo a PF significa “Campos de Prisioneiros de Guerra”. “Alguém tem algum planejamento ou viu em algum momento a condução de um cpg sem aparelhos? Caso sim, chamar no privado”, questionou. Em resposta, o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, que foi um dos indiciados, escreveu: “Auschwitz!!”.

"Auschwitz é o nome do mais mortal e famoso campo de concentração nazista onde foram assassinadas um milhão de pessoas23 (a grande maioria formada por cidadãos judeus)", diz o relatório da PF. 

O grupo, intitulado “Dosssss!!!”, era formado por militares “kids pretos” que tramaram a prisão e o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em outro momento do mesmo dia, o major que perguntou sobre o campo de prisioneiros fez um comentário com referências pejorativas usadas para atacar Moraes. “Vai ter careca arrastado por blindado em Brasília?”, escreveu. O major que fez os comentários não foi indiciado pela PF.

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