As redes sociais da Ford Motor Company foram supostamente hackeadas na segunda-feira, 30, com mensagens postadas em apoio a Gaza e à Palestina e contra Israel.
Surgiram frases como “ALL EYES ON GAZA” (“Todos os olhos em Gaza”), “Israel é um estado terrorista” e “Palestina Livre”, que foram apagadas posteriormente.
“Nossa conta no X foi brevemente comprometida e três postagens foram feitas sem autorização ou aprovação da Ford,” escreveu a empresa no X. “Essas mensagens não representam os pontos de vista da Ford Motor Company. A Ford e o X estão investigando essa violação.”
As publicações foram amplamente compartilhadas antes de serem eliminadas, com alguns usuários do X, que não sabiam que a conta havia sido hackeada, elogiando a Ford, enquanto outros criticavam a empresa.
Após a publicação, diversas pessoas criticaram a Ford por não se desculpar pelos tuítes. Brianna Wu, diretora executiva do Rebellion PAC, comentou no X: “Declaração incrivelmente fraca. Condenem o antissemitismo. Peçam desculpas à comunidade judaica. Prometam consequências para os responsáveis.”
A história da Ford com o antissemitismo e Israel é ambígua. A Ford fornece veículos blindados para as forças militares israelenses, enquanto a Ford Foundation dá ajuda tanto em Israel quanto na Faixa de Gaza.
Já o fundador da empresa, Henry Ford, era abertamente antissemita e propagou teorias conspiratórias sobre os judeus.
Adolf Hitler elogiou Henry Ford em seu famoso livro “Mein Kampf”, e a Alemanha, em 1938, concedeu a Ford a Grã-Cruz da Águia Alemã, a maior honraria do país para estrangeiros.
