Os alardes em torno do decreto de exoneração de secretários e auxiliares comissionados, assinado pelo prefeito Bruno Cunha Lima, sinalizam que não haverá trégua ao seu segundo mandato nos primeiros meses deste primeiro ano.
A justificativa que os opositores do prefeito encontraram para inserirem o discurso dá o tom do nível de debate que se espera.
Ora, alegar que o decreto de Bruno é causado pela necessidade de corte de gastos em razão de um eventual desequilíbrio financeiro nos cofres da prefeitura é subestimar a inteligência da população de Campina Grande.
Qualquer iniciante observador da política sabe que é uma praxe os gestores com mandatos renovados assinarem o ato de exoneração coletiva do seu secretariado para iniciarem a composição do novo governo. Assim se faz em todos os recantos do país.
O pano de fundo, porém, desse bombardeio iniciado, é a excepcional condição de candidato ao Palácio da Redenção que unge o jovem prefeito de Campina Grande. O posto de prefeito da Rainha da Borborema é suficiente para credenciar qualquer mandatário que tenha feito uma razoável gestão.
No caso de Bruno Cunha Lima, há autorização suprema do povo de Campina Grande, ao lhe conferir quase 60% dos votos na última eleição – por óbvio um certificado de indubitável aprovação - o que lhe permitiu impor acachapante derrota a dois fortes grupos políticos do estado, o de João Azevêdo e o de Adriano Galdino, com as máquinas das instituições que comandam, e de quebra a Câmara Municipal de Campina Grande, cujo então presidente, Marinaldo Cardoso, figurou como vice na chapa do derrotado candidato Jhony.
Os oposicionistas de Bruno sabem de tudo isso.
Bruno também sabe da oposição que tem e terá daqui até 2026.