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Nassif: Quaquá está certo e os Brazão são bode expiatório de Carlos Bolsonaro

Jornalista questiona envolvimento dos irmãos Brazão no caso Marielle e aponta Jair Bolsonaro e Carlos como peças-chave que deixaram de ser consideradas

13/01/2025 às 05h09 Atualizada em 14/01/2025 às 05h26
Por: Redação
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Nassif: Quaquá está certo e os Brazão são bode expiatório de Carlos Bolsonaro

Luis Nassif, Marielle Franco e Jair Bolsonaro

Conteúdo postado por:
Leonardo Sobreira


247 - O jornalista Luis Nassif, em artigo publicado no Jornal GGN neste domingo (12), endossou a versão apresentada pelo vice-presidente nacional do PT e atual prefeito de Maricá-RJ, Washington Quaquá, sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018.

Segundo Nassif, Quaquá, que na semana passada recebeu a família Brazão — os irmãos Chiquinho e Domingos são acusados de ordenar o crime —, apresenta uma versão "correta" dos fatos. Em entrevista à TV 247, o prefeito afirmou que parte da esquerda está “passando a mão na cabeça da família Bolsonaro” e criticou a atuação da Polícia Federal (PF) no caso. 


Na entrevista, Quaquá também relatou que, inicialmente, acreditava na culpa dos irmãos Brazão, mas, após analisar o processo, passou a ter certeza de que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão não ordenaram o assassinato de Marielle Franco. E ainda questionou o fato de as prisões terem sido baseadas na delação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco e Anderson Gomes. 

No artigo, Nassif argumenta que "não há nenhuma lógica nessa versão de um crime praticado pelos irmãos Brazão – ligados à pequena delinquência do Rio de Janeiro, não ao Escritório do Crime, como os Bolsonaro", citando especialmente Carlos Bolsonaro. 


O jornalista menciona relatos de delegados que investigavam a possibilidade de motivação política para o assassinato de Marielle Franco, em oposição à tese de "disputa de terras", que acabou sendo aceita pelas investigações. Ele destaca que "análises do Google de Ronnie Lessa comprovaram que ele procurava personalidades contrárias à operação GLO (Garantia da Lei e da Ordem)".

"Mas o caso Marielle caiu nas costas dos irmãos Brazão, ligados ao pequeno crime do Rio de Janeiro", ressalta Nassif.
O jornalista ainda prevê que o caso deve ser esclarecido com os desdobramentos recentes e uma eventual prisão de Jair Bolsonaro: "Agora, com Braga Neto preso, Rivaldo Barbosa afastado e com a próxima prisão de Bolsonaro, espera-se que o caso, finalmente, possa ser esclarecido, e Marielle possa descansar em paz".

No último dia 21, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu manter a prisão do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão, do deputado federal Chiquinho Brazão, seu irmão, e do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Eles estão detidos desde março deste ano em presídios federais. 

Segundo a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, autor confesso dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes, os irmãos Brazão foram os mandantes do crime.


De acordo com a PF, citada pela mídia, o assassinato de Marielle Franco estaria relacionado à sua oposição aos interesses do grupo liderado pelos irmãos Brazão, envolvidos com questões fundiárias em áreas dominadas por milícias no Rio de Janeiro.

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