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Trump amplia deportação expressa e libera prisões em áreas protegidas nos EUA

Trump lança repressão contra migrantes na fronteira (Foto: Reuters)

22/01/2025 às 04h47 Atualizada em 22/01/2025 às 16h13
Por: Redação
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Trump amplia deportação expressa e libera prisões em áreas protegidas nos EUA

Ativistas de direitos humanos acusam Trump de usar a imigração como ferramenta política para mobilizar seu eleitorado

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (21) a ampliação da deportação expressa para todo o país, permitindo que imigrantes sejam removidos sem necessidade de audiência judicial.

Em paralelo, o governo revogou a diretriz que proibia prisões em locais como igrejas, escolas e hospitais, gerando uma onda de críticas e preocupações entre ativistas e especialistas em direitos humanos, destaca o G1 em reportagem.


A deportação expressa, já implementada durante o primeiro mandato de Trump, volta a ganhar protagonismo ao eliminar restrições geográficas e temporais estabelecidas na gestão de Joe Biden. Antes, essa modalidade era aplicada apenas a imigrantes detidos a até 160 km da fronteira e com menos de 14 dias no país. Agora, qualquer imigrante em situação irregular, independentemente do tempo de permanência ou local de entrada, está sujeito à remoção imediata.

Impacto em áreas consideradas protegidas


Outra decisão controversa foi a autorização para prisões de imigrantes em áreas antes consideradas protegidas, como hospitais, escolas e igrejas. A medida revoga uma diretriz de 2021 do governo Biden, que visava garantir que esses espaços fossem acessíveis a todos, inclusive imigrantes em situação irregular, sem medo de represálias.

Benjamine Huffman, secretário interino de Segurança Interna, defendeu a mudança afirmando que ela permitirá a captura de criminosos perigosos, como "assassinos e estupradores". "Os criminosos não poderão mais se esconder nas escolas e igrejas dos Estados Unidos para evitar a prisão. A Administração Trump não amarrará as mãos de nossos bravos agentes da lei e, em vez disso, confia que eles usarão o bom senso", declarou Huffman.

Entre outras ações, o governo anunciou restrições à entrada legal de imigrantes em situações emergenciais, e a retomada do polêmico programa "Fique no México". Esse programa obriga solicitantes de asilo a permanecerem no território mexicano enquanto aguardam a análise de seus pedidos.

Na segunda-feira (20), o governo desativou um aplicativo usado para agendar entrevistas de asilo, cancelando todos os agendamentos previamente marcados. A decisão gerou frustração entre milhares de imigrantes que aguardavam na fronteira mexicana.


Críticas e reações

Especialistas e organizações de direitos humanos alertam para os impactos das medidas. "Permitir prisões em locais como hospitais e escolas vai criar um ambiente de medo, onde pessoas vulneráveis podem evitar buscar ajuda essencial", criticou Clara López, advogada especializada em imigração.

A mudança representa um retrocesso nos direitos de imigrantes e no acesso a serviços básicos. Ativistas acusam Trump de usar a imigração como ferramenta política para mobilizar sua base eleitoral, especialmente em meio ao cenário de sua campanha à reeleição.

As mudanças prometem intensificar o debate sobre imigração nos EUA. Enquanto o governo Trump defende as medidas como forma de proteger a segurança nacional, críticos alertam para o aumento da vulnerabilidade de milhões de pessoas. O impacto das novas políticas ainda será medido, mas já é evidente que as tensões em torno do tema estão longe de diminuir.

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