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DeepSeek: a revolução chinesa na inteligência artificial que desafia as gigantes dos EUA

Startup chinesa cria modelo de IA tão eficiente quanto o ChatGPT, mas com custos significativamente menores e código aberto

27/01/2025 às 16h28 Atualizada em 28/01/2025 às 11h00
Por: Redação
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DeepSeek: a revolução chinesa na inteligência artificial que desafia as gigantes dos EUA

Deepseek (Foto: Reprodução)

Conteúdo postado por:
Guilherme Levorato
247 - A corrida global pela liderança em inteligência artificial (IA) ganhou um novo protagonista: a startup chinesa DeepSeek. Seu mais recente modelo, o DeepSeek R1, tem chamado a atenção de especialistas e investidores por sua eficiência, baixo custo e código aberto, relata reportagem de Giuliano Guandalini publicada pelo Brazil Journal. A empresa está desafiando as big techs americanas, especialmente a OpenAI, criadora do ChatGPT.

“O DeepSeek é um dos avanços mais impressionantes que eu vi em toda minha vida – e é open source, uma enorme dádiva para o mundo,” tuitou Marc Andreessen, fundador da firma de venture capital Andreessen Horowitz e aliado de Elon Musk. A declaração reflete o impacto que o modelo chinês está causando no setor, especialmente por sua capacidade de rivalizar com sistemas desenvolvidos por empresas americanas, mas com uma fração dos recursos necessários.

Um modelo que faz mais com menos - Enquanto gigantes como a Meta investem centenas de milhões de dólares em capacidade computacional, a DeepSeek desenvolveu seu modelo com um custo de apenas US$ 6 milhões. “O número de companhias que têm US$ 6 milhões para gastar é enormemente maior do que aquelas que têm US$ 100 milhões ou US$ 1 bilhão,” destacou Chris Nicholson, investidor da Page One Ventures, em entrevista ao New York Times. Essa eficiência tem sido vista como um divisor de águas no setor, abrindo portas para que empresas menores possam competir no campo da IA.

A DeepSeek utilizou 2 mil chips da Nvidia, modelo H800, adaptados para atender às restrições impostas pelo governo dos EUA à exportação de tecnologia avançada para a China. Mesmo com hardware menos potente do que o utilizado por empresas americanas, a startup conseguiu treinar um modelo que rivaliza com os mais avançados do mercado. 


O sucesso da DeepSeek não se limita à eficiência técnica. O modelo R1 está disponível na plataforma Hugging Face, sob licença do MIT, permitindo que desenvolvedores ao redor do mundo contribuam para seu aprimoramento. Essa abordagem de código aberto tem sido vista como uma forma de driblar as restrições políticas e comerciais impostas pelos EUA à China.

Satya Nadella, CEO da Microsoft, classificou o modelo como “super impressionante” e “super eficiente em computação.” Ele ainda alertou: “precisamos levar muito, muito a sério o que está acontecendo na China.” A declaração reflete a preocupação das empresas americanas com o avanço tecnológico chinês, que vem ganhando espaço mesmo diante das barreiras comerciais.

Sam Altman, CEO da OpenAI, minimizou o feito da DeepSeek em um post no X: “é (relativamente) fácil copiar algo que você sabe que funciona. É extremamente difícil fazer algo novo e arriscado quando você não sabe se vai funcionar.” Apesar do ceticismo, o avanço chinês sugere que a competição na área de IA está longe de ser unilateral.

DeepSeek - Fundada em 2023 como um desdobramento da High-Flyer, uma empresa chinesa de investimento quantitativo, a DeepSeek já nasceu com um propósito claro: democratizar o acesso à IA de ponta. Com US$ 8 bilhões sob gestão, a High-Flyer investiu pesado em supercomputadores e IA, inicialmente para negociação de ativos, mas logo expandiu seu escopo.


O sucesso do DeepSeek R1 pode representar uma mudança de paradigma no setor, mostrando que é possível desenvolver modelos avançados sem depender de investimentos bilionários. Enquanto as big techs americanas correm para construir data centers gigantescos, a DeepSeek prova que a inovação pode vir de onde menos se espera – e a um custo muito menor.

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