Estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) confirma que a big tech Meta – dona do Facebook, Instagram e WhatsApp – ganhou muita grana com anúncios mentirosos sobre a taxação do Pix. A difusão das fake news ainda serviu para alavancar políticos da extrema direita, como o estridente bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), para enricar estelionatários e para acuar o governo Lula, que acabou retirando a medida que visava coibir a ação de sonegadores.
O estudo demonstra que “a Meta recebeu pagamentos para impulsionar a divulgação de anúncios fraudulentos que mencionavam a falsa ‘taxação do Pix’... As publicações tiveram alcance ampliado pela ferramenta de anúncios do conglomerado de redes sociais... O conteúdo citava políticas públicas e se apropriou de imagens do governo e de empresas públicas, como a Caixa, para obter informações sensíveis e dinheiro de vítimas, em meio à onda de desinformação levantada por um vídeo falso feito por inteligência artificial do ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmando que taxaria o Pix”, descreve reportagem da Folha.
1.770 anúncios fraudulentos no Facebook e Instagram
Ainda segundo o estudo da NetLab da UFRJ, foram 1.770 anúncios fraudulentos impulsionados em Facebook e Instagram, entre os dias 10 e 21 de janeiro. “É possível que os estelionatários tenham se aproveitado do medo, dúvida e desconfiança causada na população devido à enxurrada de desinformação para atrair vítimas a clicarem em seus anúncios", afirma a professora Marie Santini, que coordenou o levantamento.
Os anúncios fraudulentos identificados pelo NetLab atraíam pessoas com ameaças de multas ou com promessas de benefícios. Páginas que usavam a identidade visual do governo federal sem permissão, o que configura crime de acordo com o Código Penal, fizeram 40,5% das propagandas fraudulentas. O estudo ainda mostra que o número de anúncios fraudulentos cresceu após o governo revogar a instrução normativa da Receita Federal e intensificar a divulgação de material sobre o Pix para reverter a crise de imagem.
Em síntese: o estudo confirma que a multinacional Meta, do trumpista Mark Zuckerberg, ganhou muita grana em anúncios com a difusão de fake news, que estelionatários se aproveitaram da mentirada para enganar os incautos e que os bolsonaristas galgaram maior projeção com a patifaria.