Por Yuri Ferreira
O preço do café está patamares históricos em bolsas mundiais, com o valor das sacas de arábica subindo 70% em um ano, pressionando toda a cadeia produtiva e gerando temor de desabastecimento.
O cenário, impulsionado por quebras de safra em regiões-chave como o Brasil, levou comerciantes e torrefadores a reduzirem compras ao mínimo, enquanto consumidores enfrentam prateleiras vazias e preços elevados.
Nos EUA, o preço de varejo do café moído atingiu uma alta histórica de US$ 7 o quilo em janeiro (R$ 40), um aumento de 75% em quatro anos.
A Reuters projeta queda de 30% nos preços até dezembro, caso a safra brasileira se recupere. Porém, até lá, o café caminha para se tornar artigo de luxo.
Simultaneamente, a demanda global por café só cresce. Por exemplo, o consumo da bebida cresceu pelo menos 150% em 10 anos na China — o país mais populoso do mundo, além de outros mercados asiáticos.
Ou seja, os preços não estão subindo somente no Brasil, mas ao redor do mundo todo. Enquanto isso, o mundo aprende a lição amarga: até o grão mais globalizado não escapa das mudanças climáticas.