A polêmica em torno do caso do ISEA gerou um debate intenso, mas é preciso cautela antes de apontar culpados. Atribuir diretamente ao prefeito Bruno Cunha Lima a responsabilidade pelo ocorrido não parece razoável. A imprensa, ao destacar o episódio, pode ter exagerado na forma como avaliou a situação, criando um ambiente de condenação antes mesmo da apuração dos fatos.
O prefeito, por sua vez, tem afirmado que está acompanhando o caso de perto e garantindo o suporte necessário à família envolvida. Além disso, foi categórico ao dizer que qualquer indício de negligência ou violência obstétrica será tratado com rigor e os responsáveis punidos. Essa postura demonstra disposição para encarar o problema de frente e cobrar providências.
É importante ressaltar que esse caso foi um fato isolado e não reflete a totalidade do atendimento prestado pelo ISEA. A unidade de saúde tem um histórico de assistência à população e conta com profissionais dedicados. Generalizar a situação pode ser um erro que prejudica a credibilidade do serviço e ignora os avanços e esforços já realizados.
A cobrança por melhorias na saúde pública é legítima e necessária, mas transformar um caso delicado em julgamento político pode desviar o foco do que realmente importa: garantir justiça para a família e trabalhar para que situações como essa não se repitam. O momento exige mais responsabilidade e menos precipitação.