O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se movimentado estrategicamente para consolidar sua reeleição em 2026. Com uma articulação política eficiente, aproxima-se de líderes no Congresso, garantindo um ambiente favorável para sua governabilidade. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, desempenha um papel essencial nesse processo, costurando alianças e ampliando a base de apoio.
Diferente de 2022, a frente política que se desenha para a próxima eleição pode ser ainda mais robusta. O governo tem apostado em pilares fundamentais para fortalecer sua imagem: programas sociais, estabilidade econômica com controle da inflação, resgate da credibilidade internacional e um pacote expressivo de obras e inaugurações.
No entanto, falta ao governo um trabalho de comunicação mais eficiente. A Secretaria de Comunicação (Secom) ainda não tem a dinâmica necessária para dar visibilidade às principais ações da gestão e enfrentar a pauta dos costumes, que mobiliza parte do eleitorado conservador. Além disso, a produção de conteúdos mais incisivos e a atuação firme contra a desinformação e fake news são desafios que precisam ser enfrentados com mais vigor.
Lula se fortalece politicamente, mas a batalha eleitoral de 2026 exigirá não apenas ações concretas, mas também uma comunicação estratégica que dialogue com diferentes setores da sociedade. Se a Secom não se tornar mais combativa e eficiente, o governo pode perder espaço na narrativa pública, deixando o terreno livre para ataques e distorções que fragilizam sua popularidade.