Adriano Galdino pode quase tudo, mas não pode tudo. Já mostrou sua força ao eleger Murilo Galdino, um completo desconhecido na política paraibana, como deputado federal com 112.891 votos. Mas dessa vez foi ainda mais longe: indicou sua própria filha, Alanna Galdino, outra figura sem expressão política, para o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). E, como num passe de mágica, a esmagadora maioria dos deputados aprovou o nome dela sem qualquer resistência.
Que tipo de democracia é essa onde um único homem consegue emplacar aliados e familiares sem encontrar oposição? Assusta a facilidade com que Adriano Galdino manipula a Assembleia, tratando os parlamentares não como representantes do povo, mas como seus subordinados diretos. Afinal, se tudo for decidido pelo chefe, para que serve o parlamento?
O caso de Alanna Galdino escancara uma realidade incômoda: a Assembleia Legislativa da Paraíba tem dono. E, pelo visto, se ninguém reagir, logo logo ele poderá oficializar essa posse no cartório.