Por Basílio Carneiro
O golpe no Brasil nunca foi um evento isolado, ele é um processo contínuo, adaptável e persistente. Agora, ele dá mais um passo à frente, de forma silenciosa, mas letal. O áudio vazado de Ciro Nogueira não é um simples deslize, é o pontapé inicial de uma nova investida. Dessa vez, o ataque parte do mercado financeiro e dos institutos de pesquisa. A grande imprensa, como sempre, entrará no jogo no momento certo, ditando a narrativa para enfraquecer o governo Lula.
O roteiro não é novo. O golpe contra Dilma, a prisão de Lula e a ascensão de Bolsonaro foram planejados para manter a esquerda longe do poder por pelo menos 20 anos. Mas o script foi quebrado. Lula saiu da prisão, reconstruiu sua imagem e venceu as eleições de 2022, contrariando todas as projeções e derrotando a máquina de fake news e ódio. Esse desfecho não estava nos planos dos setores que sempre manipularam o jogo político no Brasil. Agora, esses mesmos grupos se reorganizam para uma nova ofensiva.
A estratégia é sofisticada. Primeiro, pesquisas começam a moldar a percepção pública, mostrando um Lula enfraquecido e a ascensão artificial de uma alternativa conservadora. Paralelamente, o mercado pressiona o governo com terrorismo econômico, fazendo parecer que a economia está à beira do colapso. Depois, a grande mídia amplifica o discurso, transformando dificuldades pontuais em crises políticas irreversíveis. O objetivo? Minar a popularidade de Lula, desestabilizar o governo e preparar o terreno para uma nova tomada de poder em 2026.
Dessa vez, os setores progressistas não podem repetir os erros do passado. É preciso agir rápido. A comunicação do governo deve ser firme, desmascarando as manipulações e deixando claro para o povo o que está em jogo. Os movimentos sociais e a base popular precisam estar atentos e mobilizados. O golpe é permanente, e só será barrado se houver resistência. Lula venceu uma batalha ao ser eleito, mas a guerra pelo futuro do Brasil está longe de acabar.
