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Por Basílio Carneiro: Entre carniça e urubus: flopou o ato, sobrou o fedor do fracasso

SEM ANISTIA!

07/04/2025 às 08h00 Atualizada em 08/04/2025 às 05h50
Por: Redação Fonte: FolhadaPB/BasílioCarneiro
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Por Basílio Carneiro: Entre carniça e urubus: flopou o ato, sobrou o fedor do fracasso

Nem a caravana de fake news, nem os outdoors de empresário ressentido, nem o apelo meloso ao “Deus, Pátria e Família” conseguiram mascarar a realidade: flopou. Foi um ato murcho, sem brilho, sem alma e, o mais grave, sem povo.

Pouco mais de 40 mil pessoas, segundo estimativas generosas. Um número risível para quem jurava reunir milhões para "salvar o Brasil do comunismo imaginário". O que se viu foi um desfile de ressentimentos embalado por discursos vazios, pela repetição do velho roteiro golpista e pela tentativa desesperada de reescrever a história. Mas a verdade é teimosa — e o Datafolha também: 67% dos eleitores rejeitam Bolsonaro. O povo brasileiro já virou a página.

O Brasil não quer anistia. Quer justiça.
A pesquisa bateu com a rua: a maioria é contra a anistia. O grito “Sem anistia!” não é apenas um slogan de esquerda ou um mantra progressista, é o retrato fiel de um país que viu a democracia ser colocada à prova e exige consequências. Querem apagar os rastros do 8 de janeiro, mas o que ficou mesmo foi a memória do vandalismo, do ódio e do golpismo desavergonhado. Não há maquiagem que disfarce a tentativa de ruptura institucional.

Nem Centrão, nem perdão. Só o cheiro da carniça.
Bolsonaro queria o povo, só conseguiu o cercadinho. Queria aplausos, colheu silêncio. Queria força, demonstrou fraqueza. Não foi um ato político, foi um velório mal disfarçado. Entre urubus e carniça, o que sobrou mesmo foi o mal cheiro de um projeto de poder que fede à autoritarismo.

E o Centrão? Ah, o Centrão... mandou representante protocolar, fez cara de paisagem e seguiu o jogo. Esses são profissionais da sobrevivência: não se jogam em barco afundando. Sabem que, hoje, Bolsonaro mais atrapalha do que ajuda. A anistia não é mais moeda política — virou peso morto.

Lula segue vencendo.
No fim das contas, todos perderam nesse teatrinho de domingo. Bolsonaro perdeu o povo. Seus aliados perderam o timing. E a extrema-direita, que sonhava com uma nova onda, encontrou apenas uma marolinha. Enquanto isso, Lula segue liderando nas pesquisas e governando com a cabeça fria sem precisar juntar multidões para provar coisa alguma.

A democracia venceu. E os que tentaram destruí-la seguem na berlinda, esperando o julgamento da história... e da Justiça.

 

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