Por Basílio Carneiro
Abril de 2025. O bolsonarismo vive talvez seu momento mais delicado: inquéritos avançando, aliados virando réus, e a narrativa de “perseguição” já soando cansada até para parte da base. E quem aparece para convocar o ato mais importante do ano? Silas Malafaia.
Malafaia, que há anos mistura púlpito e palanque, agora assume abertamente o comando da mobilização política. E Bolsonaro? Curiosamente, recolhido. Não lidera. Não convoca. Não assina embaixo.
Em 2021 e 2022, Bolsonaro dominava as ruas: Copacabana, Paulista, multidões. Hoje, precisa que um pastor vá na frente, como escudo e megafone. É fé ou estratégia? Ou um disfarce para a perda de fôlego?
A verdade é simples: quem lidera, convoca. Quando o bastão passa para o pastor, é porque o capitão está em retirada. E o bolsonarismo, em 2025, já não marcha, apenas tenta sobreviver à sombra do altar.