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FASCISMO BOLSONARISTA: Carla Zambelli foi “mentora” de mandado de prisão de Moraes, diz defesa de hacker Delgatti

A divulgação da fake news de que Moraes seria “preso” incendiou os acampamentos golpistas em frente aos quartéis, em que aliados do ex-presidente pediam “intervenção militar” e golpe de Estado contra Lula

11/04/2025 às 07h15 Atualizada em 12/04/2025 às 07h06
Por: Redação Fonte: Revista Fórum
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FASCISMO BOLSONARISTA: Carla Zambelli foi “mentora” de mandado de prisão de Moraes, diz defesa de hacker Delgatti

Walter Delgatti e Carla Zambelli.
Créditos: Reprodução /Redes Sociais

Por Plinio Teodoro

A defesa de Walter Degatti Neto afirmou à Justiça que a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) foi "mandante" do crime de invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) onde o "hacker de Araraquara" inseriu um mandado de prisão fake contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Ficou clara a atuação de Carla Zambelli como mandante e mentora intelectual das invasões, oferecendo apoio, emprego, benefícios e, inclusive, custeando o tratamento de Walter no hospital de Guaratinguetá”, diz o advogado Ariovaldo Moreira, que faz a defesa de Delgatti.


O caso aconteceu em meio à intentona golpista, quando Zambelli se aproximou de Delgatti para levá-lo até Jair Bolsonaro (PL), que busca "provar" a ilusória tese de fraude nas urnas eleitorais.


A divulgação da fake news de que Moraes seria "preso" incendiou os acampamentos golpistas em frente aos quartéis, em que aliados do ex-presidente pediam "intervenção militar" e golpe de Estado contra Lula.


Segundo as alegações apresentadas à Justiça, a defesa de Delgatti afirma que o hacker foi "iludido" pela deputada bolsonarista.

“O réu aceitou realizar as invasões porque era desempregado e Carla Zambelli lhe ofereceu emprego e tratamento de saúde. Evidente que a parlamentar explorou a carência do acusado e o iludiu com seu prestígio, o que comprometeu seu entendimento e liberdade de atuação”, diz a peça.

Carla Zambelli chegou a divulgar fotos do primeiro encontro com Delgatti. A defesa diz que ficou “cabalmente comprovada” a relação entre os dois. “Houve encontros pessoais, encontros na sede do partido [PL] e trocas de mensagens entre ambos por mais de uma vez", alega a defesa.

A deputada ainda articulou um encontro de Delgatti com Bolsonaro, que incumbiu o hacker de municiar militares do Ministério da Defesa, à época comandado pelo general Paulo Sergio Nogueira, no relatório encomendado por ele para "provar" fraudes no sistema de votação.

No entanto, nem os militares e nem Delgatti encontraram fraudes nas urnas eletrônicas. Pressionado, Nogueira divulgou nota afirmando que "não se pode comprovar que não há possibilidade de fraude" no sistema eleitoral, deixando brecha para o ex-presidente seguir com os ataques.

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