O Centrão pressiona o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) a fazer um “gesto de trégua” — como um pedido de desculpas público ou recuo nos bastidores — para evitar sua cassação. Apesar do Conselho de Ética da Câmara ter aprovado a perda de mandato por 13 votos a 5, a decisão final cabe ao plenário, onde o Centrão ainda avalia se vale o desgaste político.
A gota d’água teria sido a acusação de que o relator do processo, Paulo Magalhães (União-BA), teria “vendido” seu parecer — o que foi lido como um ataque ao Conselho. Glauber também enfrenta resistência por seu histórico de embates, especialmente com Arthur Lira (PP-AL), e por suas críticas ao “Orçamento Secreto”.
Mesmo incomodados com o perfil combativo do deputado, líderes da base admitem desconforto em abrir precedente de cassação por conflito político. Parte dos parlamentares acredita que, se Glauber baixar o tom, pode haver acordo para evitar sua saída.
Desde quarta-feira (9), Glauber está em greve de fome, ocupando a sala do colegiado na Câmara com o apoio de assessores e aliados. A ação é um protesto contra o processo de cassação, motivado pelo episódio em que ele expulsou à força o militante do MBL, Gabriel Costenaro, da Casa, em abril de 2024.
