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Grupo de Puebla divulga nota contra risco de ditadura no Equador

O presidente e candidato à reeleição, Daniel Noboa, decretou estado de exceção em algumas regiões do país na véspera do segundo turno

13/04/2025 às 04h36 Atualizada em 13/04/2025 às 10h08
Por: Redação
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Grupo de Puebla divulga nota contra risco de ditadura no Equador

Daniel Noboa (Foto: Reuters)

247 -  O Grupo de Puebla, uma coalizão de líderes políticos e intelectuais progressistas da América Latina e Europa, divulgou neste sábado (12) uma nota em que alerta para o risco de golpe de Estado no Equador. O presidente do país e candidato à reeleição, Daniel Noboa, decretou estado de exceção em algumas regiões do país na véspera do segundo turno das eleições presidenciais contra Luisa González.

“Noboa assinou hoje o decreto 559/2025, no qual decreta Estado de Exceção em vários cantões do Equador, suspendendo direitos fundamentais como a inviolabilidade do domicílio, a liberdade de reunião e a privacidade das comunicações, além de mobilizar as Forças Armadas. ⁠Noboa fechou as fronteiras terrestres ao norte do Equador a partir de agora até a noite de segunda-feira”, alerta o Puebla.

O grupo destaca a importância de acompanhar de perto a situação no Equador contra a “campanha de terror” de Noboa. “⁠A campanha suja/negativa e de terror sobre a população está sendo intensamente disseminada. É muito importante acompanharmos minuto a minuto a situação para garantir a vitória de Luisa González amanhã”, concluiu o grupo.

Noboa justificou a medida devido ao aumento da violência do tráfico de drogas. O estado de exceção aplica-se às províncias costeiras de Guayas, Los Ríos, Manabí, Santa Elena e El Oro, e às províncias amazônicas de Orellana e Sucumbíos, assim como à capital equatoriana, à cidade mineradora de Camilo Ponce Enríquez e às prisões do país.

Além de decretar estado de exceção, Noboa também promoveu mudanças na segurança pessoal de Luisa Gonzalez. González afirmou que a proteção militar lhe foi concedida após “graves denúncias de atentados” contra sua vida, atualmente sob investigação do Ministério Público. A substituição, segundo ela, coloca em xeque sua integridade física e a de seus familiares em um momento crucial do processo eleitoral.

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