Tem gente querendo passar pano pra golpista. Pior: tem político, com mandato e tudo, articulando no Congresso um jeitinho pra anistiar quem tentou derrubar os Três Poderes no dia 8 de janeiro. Isso é um golpe dentro do golpe.
A tentativa de tomar o país à força falhou, mas agora querem vencer na conversa fiada, no conchavo de bastidor, nas negociatas que não aparecem nos jornais. E a pergunta que fica é simples: como é que alguém que invadiu e depredou o Congresso pode ser perdoado pelo próprio Congresso? Isso é como assaltar uma casa e depois jantar na sala com o dono.
A democracia, minha gente, não se sustenta em cima de acordão.
Quem patrocinou o caos tem que pagar. Porque se passar batido agora, em 2026 pode vir coisa ainda pior. A turma que bateu continência pra destruição já tá de olho na próxima eleição, e se perceber que não teve consequência nenhuma, vai vir mais organizada, mais financiada e mais perigosa.
Anistiar essa gente é dizer: “tudo bem, vocês tentaram acabar com o Brasil, mas vamos fingir que não foi nada”. Não, não dá pra fingir. A gente viu. O mundo viu. E se o Congresso brasileiro tiver um pingo de vergonha, vai rejeitar esse absurdo.
Democracia não é só votar de quatro em quatro anos. É defender as regras do jogo mesmo quando o placar não agrada. Quem tentou dar o golpe tem que responder na Justiça, e não ser abraçado por político com medo de perder voto de bolsonarista.
Se perdoar golpista virar moda, da próxima vez não vai ter tentativa frustrada, vai ter golpe consumado. E aí, meu amigo, aí já era.