Enquanto Porto Alegre vê seus números de feminicídio dispararem de forma alarmante, a vereadora Mariana Lescano (PP), conhecida por seu alinhamento bolsonarista, prefere gastar sua voz em plenário para celebrar a morte do papa Francisco como uma suposta “limpeza espiritual”.
O que dizer de uma parlamentar que se cala diante do assassinato sistemático de mulheres na sua cidade, mas encontra tempo e energia para destilar ódio e fanatismo religioso?
Falta humanidade. Falta senso de urgência. Falta respeito às vítimas e às famílias dilaceradas por essa epidemia de violência. O púlpito da política não é altar para exorcismos ideológicos, mas espaço de responsabilidade pública. Que espiritualidade é essa que celebra a morte, mas não se compadece da dor de tantas mulheres.
Porto Alegre sangra. E a senhora vereadora, lava as mãos.
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