O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), subiu o tom contra o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), exigindo a inclusão imediata do projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O ultimato tem data: até esta quinta-feira (24), após a reunião do colégio de líderes.
Sem a urgência pautada, Sóstenes fala em “guerra política”. Nos bastidores, a ameaça tem nome e sobrenome: emendas parlamentares. O recado é claro — ou Motta cede, ou o PL rompe acordos e passa a controlar sozinho R$ 6,7 bilhões em emendas de comissão, especialmente os quase R$ 5 bilhões da Comissão de Saúde, presidida por um deputado do próprio partido.
Sóstenes sustenta que há um trato informal na Câmara: 30% das emendas vão para os partidos que comandam comissões, os outros 70% são divididos entre as siglas restantes. O PL agora ameaça romper com esse arranjo.
“Somos cumpridores de acordo, ele precisa cumprir o dele. Todos os deputados precisam das emendas”, disparou Sóstenes. A pressão é alta — e o recado, direto: sem anistia, sem divisão.