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Preso por plano de ataque a show de Lady Gaga ia matar criança ao vivo na internet, diz polícia

Suspeito de ataque a Lady Gaga teria planejado assassinato de criança ao vivo. Foto: Divulgação

04/05/2025 às 17h31 Atualizada em 06/05/2025 às 05h54
Por: Redação
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Preso por plano de ataque a show de Lady Gaga ia matar criança ao vivo na internet, diz polícia

A Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou um plano de atentado terrorista contra o show da cantora Lady Gaga, realizado na noite do último sábado (3), em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Durante as investigações, os agentes descobriram que um dos suspeitos também planejava executar uma criança em tempo real, com transmissão ao vivo pelas redes sociais.

A descoberta foi feita no município de Macaé, no Norte Fluminense, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Fake Monster, realizada em conjunto com o Ministério da Justiça.


Segundo as autoridades, o investigado fazia parte de um grupo extremista que atuava em fóruns e plataformas digitais, promovendo discursos de ódio, radicalização de adolescentes e incitação à violência contra crianças, jovens e o público LGBTQIA+.

 

De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), o suspeito fazia publicações nas quais ameaçava matar uma criança como parte de um suposto “ritual” e confessou intenção de agir durante o evento da artista pop internacional.

 

Nos dispositivos apreendidos, os investigadores encontraram conteúdos de incitação à automutilação, pornografia infantil, manuais de fabricação de bombas caseiras e coquetéis molotov. O material aponta para a existência de uma rede digital altamente estruturada com o objetivo de espalhar violência, terror simbólico e físico, segundo a polícia.

Além do suspeito de Macaé, a operação também prendeu um homem no Rio Grande do Sul, apontado como líder do grupo, e apreendeu um adolescente no Rio de Janeiro por armazenar material de abuso sexual infantil. No total, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em nove cidades de quatro estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.


Segundo os investigadores, o grupo funcionava como uma célula extremista digital que buscava notoriedade nas redes sociais por meio de ataques e atentados com grande repercussão. Os atos eram tratados como “desafios coletivos”, incentivando crimes graves entre adolescentes, inclusive com apologia ao nazismo, racismo, homofobia e outras formas de violência extrema.

Apesar da gravidade dos planos, a ação policial foi realizada com total discrição, e o show de Lady Gaga ocorreu sem incidentes, reunindo mais de 2 milhões de pessoas. O material apreendido está sendo periciado, e os envolvidos poderão responder por terrorismo, induzimento ao crime, apologia à violência, pedofilia e formação de organização criminosa.

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