A manifestação, que tem como principal bandeira a anistia para presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, está sendo organizada com atenção especial ao horário por razões estratégicas, segundo Malafaia.
De acordo com o pastor, o encerramento ainda com o céu claro tem dois objetivos centrais: garantir a qualidade das transmissões ao vivo pelas redes sociais e facilitar a dispersão dos manifestantes antes da chegada da noite. “Tudo tem que ser no claro”, disse. Ele também mencionou preocupações com possíveis “interferências” que poderiam ocorrer no período noturno — sem detalhar exatamente a que tipo de riscos se referia.
A concentração está prevista para as 16h, horário em que muitas pessoas em Brasília começam a deixar o trabalho. A expectativa, segundo Malafaia, é que o número de participantes aumente progressivamente ao longo da caminhada. “Como o pessoal aqui em Brasília começa a sair do trabalho 16h, acredito que o início da caminhada vai estar mais vazio. Não tem jeito. Vamos sair com um número menor e acredito que, à medida que a gente for caminhando, por volta das 16h30, 16h45, 17h, a coisa vai ter outro nível”, afirmou.
O evento reforça a tentativa da ala mais fiel ao ex-presidente Jair Bolsonaro de manter viva a pauta da anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos, mesmo após o enfraquecimento político de pautas golpistas e a prisão de centenas de manifestantes. A estratégia de Malafaia revela preocupação com a imagem pública do ato e com a logística de mobilização em um cenário político cada vez mais tenso e monitorado pelas autoridades.
Apesar das críticas e da vigilância em torno de eventos com teor antidemocrático, Malafaia tem se mantido como um dos principais articuladores públicos de manifestações em defesa de Bolsonaro e de seus apoiadores presos.