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Por Basílio Carneiro: O menino de Patos e a delinquência política de alto nível

Para presidir o Congresso, Hugo Motta vendeu a alma. E agora precisa entregar o que prometeu, ao Centrão, à direita ou à esquerda?

11/05/2025 às 08h20 Atualizada em 12/05/2025 às 06h27
Por: Redação Fonte: FolhadaPB/BasílioCarneiro
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Foto: Reprodução
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Hugo Motta, o jovem deputado que brotou da política paraibana como promessa de renovação, hoje se arrasta por Brasília como um operador veterano

Para alcançar a presidência da Câmara, Hugo armou sua própria ciranda: dançou com o Centrão, sussurrou meiguices à direita e ainda achou tempo para um cafezinho com a esquerda. Tudo isso regado a promessas. Muitas promessas.

E o preço disso agora chegou. O Centrão cobra fatura, quer cargos, quer espaço. A direita quer conservadorismo no papel e poder na prática.

A esquerda, com sua eterna ingenuidade de acreditar em gestos suaves, já começa a desconfiar que o abraço foi falso. E no meio disso tudo está Hugo — tentando continuar sorrindo, mas visivelmente acuado.

Presidir a Câmara exige mais do que jogo de cintura. Exige pulso. E, mais do que isso, exige saber a hora de romper. Mas Hugo parece querer seguir fazendo média com todo mundo. Só que Brasília é impiedosa com quem não escolhe um lado. E política não é lugar para "isentões performáticos".

Se continuar nesse jogo dúbio, jogando as forças umas contra as outras e fingindo neutralidade, o menino de Patos corre o risco de perder tudo o que tanto costurou.

E aí, Hugo? Vai cumprir o que prometeu ao Centrão ou vai tentar o milagre da salvação política com frases de efeito e alianças frágeis?

O tempo está passando. O Congresso não perdoa hesitações. E o Brasil, que já viu muitos meninos virarem lenda ou escândalo, aguarda para saber em qual página você vai parar.

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