Por Basílio Carneiro
Em vez de fugir da CPI que investiga fraudes no INSS, o governo Lula faz o oposto: quer comandar os trabalhos e garantir que tudo seja investigado com responsabilidade.
A relatoria pode ficar com a deputada Tabata Amaral, e a presidência também deve ser ocupada por alguém da base. O recado é claro: quem governa com transparência não tem medo da verdade.
O Planalto, inclusive, defende que a CPI também investigue irregularidades herdadas do governo Bolsonaro.
Lula transforma o que era um ataque em oportunidade de mostrar firmeza, maturidade e compromisso com o país.
A estratégia é emplacar aliados nos principais cargos, como a relatoria e a presidência.
Um dos nomes cotados é o da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que integra a base governista e inclusive assinou o requerimento de criação da CPI.
O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, confirmou a mudança de plano e afirmou que a base tem força suficiente para comandar a comissão.
O requerimento da CPI foi protocolado por parlamentares da oposição, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT), mas também teve apoio de governistas.