O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta semana a prisão preventiva de três condenados pela tentativa de explodir um caminhão-tanque perto do aeroporto de Brasília, na véspera do Natal de 2022.
Os três acusados – George Washington de Oliveira, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza – já tinham sido condenados pela Justiça do Distrito Federal por crimes como explosão, incêndio e porte ilegal de arma. Eles estavam cumprindo pena no regime semiaberto.
Agora, com a nova decisão, os três vão para prisão preventiva, ou seja, sem prazo definido para soltura.
Por que a nova prisão?
O motivo é que Moraes considerou que a tentativa de explosão teve conexão com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas por extremistas.
Além das condenações na Justiça local, os três também já foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF por crimes mais graves: associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, atentado contra a democracia e crime contra a segurança de transporte aéreo.
O que disse Moraes?
Na decisão, o ministro foi direto: a ação dos três representou uma “grave ameaça” à segurança pública e teve um caráter político, tentando amedrontar o país.
Ele também citou que houve “anúncio de catástrofe coletiva com recado persuasivo”, o que aumenta o risco de novas ações violentas por parte do grupo.