Depois de sofrer uma derrota no Congresso, o governo Lula decidiu entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar restabelecer o decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A decisão foi confirmada pela ministra Gleisi Hoffmann, nesta segunda-feira (30), em reunião com parlamentares aliados. Segundo ela, o governo entende que o Congresso exagerou e foi além do que pode fazer, ao derrubar um decreto que é prerrogativa do presidente.
A Advocacia-Geral da União (AGU) vai protocolar a ação já nesta terça-feira (1º). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também é a favor da ida ao STF.
Nos bastidores, o clima é de crise política. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), colocou a revogação em votação sem avisar o Planalto. Ele também não atendeu os telefonemas de Haddad e Gleisi no dia da votação e cancelou uma reunião que teria com Lula.
O gesto de Motta foi visto no governo como uma traição.
Além da ação da AGU, o STF já analisa outros dois processos sobre o tema: um apresentado pelo PL (contra o aumento) e outro pelo PSOL (a favor do decreto). O relator será o ministro Alexandre de Moraes.