Presidente da Câmara quer votar projeto que anistia golpistas do 8 de janeiro. Governo vê isso como “declaração de guerra”.
Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, está por trás de uma nova ameaça à democracia. Ele articula, nos bastidores, a votação de um projeto que perdoa os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Quem contou isso foi o deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL, que disse que Motta se comprometeu com Bolsonaro a colocar o projeto em votação.
A proposta não livra Bolsonaro, mas pode beneficiar centenas de pessoas já condenadas por invadir e depredar os prédios dos Três Poderes.
No Palácio do Planalto, a possível votação do projeto foi recebida como um ataque direto. Um ministro do governo disse, sem se identificar:
“Se isso acontecer, será visto como uma declaração de guerra.”
Para o governo, essa proposta representa uma tentativa de desestabilizar o país. Isso tudo logo após a Câmara, liderada por Hugo Motta, derrubar o decreto de Lula sobre o IOF, tirando bilhões de reais que iriam para áreas sociais.
O GOVERNO AINDA TENTA EVITAR CONFRONTO
Mesmo com a crise, o governo tenta manter o diálogo. A ministra Gleisi Hoffmann elogiou o Congresso por aprovar uma medida provisória que libera dinheiro para habitação popular. Foi um gesto para tentar conter a tensão.
Hugo Motta anda dizendo que o Planalto não valoriza as ações do Congresso. Mas, ao mesmo tempo, ele negocia a anistia dos golpistas que atacaram a democracia.